Estudo recente da Fiocruz em parceria com a Universidade de Valencia apontou que cerca de 50% dos brasileiros sofreu alguma alteração no sono desde o começo da pandemia. Mas e antes disso, como eram as estatísticas de sono no Brasil? Continue no texto para saber mais sobre a qualidade do sono no país.
O brasileiro dorme bem?
Enquanto em 2019 em torno de 36% dos brasileiros queixavam-se de insônia, no ano passado, como já comentamos, esse número aumentou significativamente. A insegurança e instabilidade do período pandêmico trouxeram como efeito colateral uma epidemia de insônia que se alastrou por todo o país.
O sono no Brasil
Segundo o mapa do sono dos brasileiros, encomendado pela biofarmacêutica Takeda e realizado pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), entre os dias 16 e 30 de março de 2020, 65% dos brasileiros relatam dormir mal. Enquanto isso, a média mundial de pessoas que sofrem com algum distúrbio do sono bate os 45%.
E, apesar desse número, apenas 21% possuem diagnóstico médico da doença, o que demonstra uma baixa procura por diagnóstico. Além disso, outro elemento que merece destaque é o fato de que jovens entre 18 a 24 anos costumam passar mais tempo na cama do que efetivamente dormindo. Isso indica um alto índice de uso de aparelhos como celulares e notebooks antes de dormir.
CERCA DE 65% DOS BRASILEIROS RELATARAM TER ALGUM TIPO DE DIFICULDADE NA HORA DE DORMIR.
Luz azul
Da mesma forma, outra pesquisa realizada pela Persono aponta que 78% dos brasileiros estão usando esses aparelhos na cama. Fator preocupante, levando em consideração que a luz azul emitida por eles afeta os níveis de produção de melatonina, o que contribui para a insônia e para quadros depressivos.
Você realmente dorme bem?
Além disso, mais um fator alarmante apontado nessas pesquisas é a distorção do que significa “dormir bem”. Alguns dos pesquisados afirmam que possuem uma boa noite de sono ao mesmo tempo que relatam acordar muito ou moderadamente cansadas. O que, como já comentamos, indica necessariamente o contrário, já que a qualidade do sono também passa pela forma como você se sente ao acordar ou mesmo pela sua disposição ao longo do dia.
O que causa a dificuldade para dormir?
Transtornos ventilatórios (como a apneia), a já conhecida insônia, as parassonias (como o sonambulismo) e transtornos de movimento (como a síndrome das pernas inquietas) são algumas das reclamações frequentes quando o assunto é sono. Mas o que leva os brasileiros a ter tanta dificuldade para dormir?
Apesar de não existir uma resposta universal, as dívidas, os boletos que não param de chegar, a crise econômica e sanitária, além da vida agitada e as exigências do trabalho e dos filhos são alguns dos exemplos do que leva tantos patriotas a desenvolverem distúrbios do sono.
E, ainda falando sobre as consequências da Covid-19, o recente fenômeno nomeado corona-insônia demonstra como o estresse, a instabilidade e a modificação drástica da rotina tiveram como uma de suas consequências o sono insuficiente e de baixa qualidade.
SEGUNDO PESQUISA, 78% DOS BRASILEIROS USAM O CELULAR ANTES DE DORMIR, O QUE POTENCIALIZA ALGUMAS DIFICULDADES NA HORA DE PEGAR NO SONO.
Como modificar esses números?
É possível não ser mais um número na estatística de brasileiros que dormem mal? Sim, é possível! Mas, como já apontamos em outra postagem, o “dormir bem” depende de uma série de modificações e escolhas.
Dentre elas, evitar o consumo de cafeína após o almoço, deixar o celular de lado pelo menos uma hora antes de dormir, cuidar da alimentação e criar uma rotina de sono. Além disso, em casos de distúrbios crônicos, recomendamos sempre a busca por ajuda profissional.
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